Chama delirante
Eu escuto música e vejo o frio
e nem sinto medo de nada
A associação da geladeira ao estômago vazio
vida perfeita na madrugada
É tão bom ser eu nesse instante de agora
eu não quero a porca solidão das pessoas
Sinto muito por isso que você não tem pra me dar
Esqueço de amigos de dias longínquos
E pareço ou fria, ou ríspida inimiga
Mas eu quero sempre, sempre quero demais
Minha amizade não é de poucas palavras
não me recuse uma mesa de bar
Minha paixão é mais intensa que encantamento
penso que lhe estranhe esse jeito de amar
Mas ou me acabo muito maior que eu mesma
ou chama de um fogo que acabou de apagar
Prefiro estar sozinha e acesa
do que estar aquém do máximo limite,
do que me envolver sem me esgotar