Ah poeta,
Refém das próprias palavras
Tão tristes, tão amadas... Tão longe de onde esta.
 
Cativeiro vivo,
Um animal arisco
Perdido em qualquer lar
 
Um mundo inteiro o habita
Mas o amor é sempre despedida
De quando o achar
 
Quem dera todo esse sentimento
Não fosse apenas lamento
De outro versar
 
Desconhecedor de navalhas,
Pintando algumas palavras
Sabe a dor de se cortar
 
Ah, se bem soubesses enfim
Que TUDO sinto até o fim
De datilografar.
SARA GONÇALVES
Enviado por SARA GONÇALVES em 29/11/2011
Código do texto: T3362904
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