LABIRINTO

Preso, julgado e condenado,

Justo ou injustamente sem apelação

Por amar e não ser amado,

É a vida, é a morte, uma canção.

Estou neste labirinto e sei

Que não tenho saída,

Diz o meu instinto

Neste caminho só tem ida.

Sem volta, obrigado a caminhar

Por caminhos estreitos, sem luz,

A lugar nenhum eu vou chegar

Carregando sempre a minha cruz

Na solidão da caminhada,

Escuto apenas meu silêncio

Gritos de uma alma amargurada

Minhas lembranças, meu suplício.

Tortura de um ser que chora,

A perda — sonhos sonhados

Mortos no ontem e no agora,

O homem e o poeta marcados.

Sem mais esperanças, cansado,

É o final de tudo, o não ser,

Não há futuro sem passado

— morre-se, é o não viver...

Marcus Catão

Marcus Catão
Enviado por Marcus Catão em 29/11/2011
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