Panoramas.
Eu olho do alto como um corpo flutuante
Meus olhos no escuro da couraça humana
Minha respiração oscilante na noite
Minha duradoura colheita chegou ao fim
Já tenho minha parte
Na tentativa fraca de fugir
Pergunto-me se ao menos tentei
Se tuas finas camadas de coragem pudessem levar
A dura verdade na face...
E se mostra em mais uma manhã
Eu sou um corpo no ar
Pairando... Flutuando
É quando eu vejo a dor
Que ontem eu não queria ver
Você diz – Vamos! É hora.
Na minha imensa aflição
A noite me diz a verdade.
Eu não sou um corpo vazio
Eu fui acordar tarde
Por que eu não pude ser forte e te segurei pelo braço
Eu não fui forte em te deixar ir
Ou foi apenas medo de me machucar
Ou foi a vontade de deixar livre...
...Aquilo que mais me importa.
Eu nunca saberei quem era o corpo flutuante.