Mundo afora.
O tempo é unguento, senhor rabugento,
tantas vezes remelento,
tantas vezes pouco atento,
tantas vezes sarnento.
O tempo também se faz distante,
fica pequeno quando devia ser gigante,
empaca de vez quando devia seguir adiante.
O tempo fica todo infeliz,
quando tem que fazer o que não quis,
quando tem que ser o que não prediz,
quando percebe que a dor esquece o que lhe diz.
O tempo um dia vai embora
escorre pelos cantos do mundo, chora,
esquece o que perdoa, o que escora,
pra ele tudo tudo fica fora de hora,
fecha os olhos, deixa de sorrir mundo afora.
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