Mundo afora.

O tempo é unguento, senhor rabugento,

tantas vezes remelento,

tantas vezes pouco atento,

tantas vezes sarnento.

O tempo também se faz distante,

fica pequeno quando devia ser gigante,

empaca de vez quando devia seguir adiante.

O tempo fica todo infeliz,

quando tem que fazer o que não quis,

quando tem que ser o que não prediz,

quando percebe que a dor esquece o que lhe diz.

O tempo um dia vai embora

escorre pelos cantos do mundo, chora,

esquece o que perdoa, o que escora,

pra ele tudo tudo fica fora de hora,

fecha os olhos, deixa de sorrir mundo afora.

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Oscar Silbiger
Enviado por Oscar Silbiger em 28/11/2011
Reeditado em 28/11/2011
Código do texto: T3361178
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