Almas e Anjos: Delicados Diálogos

    Ó alma silenciosa e compassiva
     Que conversas com os Anjos da Tristeza,
     Ó delicada e lânguida beleza
     Nas cadeias das lágrimas cativa.
      
     Frágil, nervosa timidez lasciva,
     Graça magoada, doce sutileza
     De sombra e luz e da delicadeza
     Dolorosa de música aflitiva.
      
     Alma de acerbo, amargurado exílio,
     Perdida pelos céus num vago idílio
     Com as almas e visões dos desolados.
      
     Ó tu que és boa e porque és boa és bela,
     Da Fé e da Esperança eterna estrela
     Todo o caminho dos desamparados. 

                                      (de “Faróis”)
 

Créditos:
www.biblio.com.br/

www.bibvirt.futuro.usp.br   

www.dominiopublico.gov.br


João da Cruz e Sousa (Brasil)
Enviado por Helena Carolina de Souza em 27/11/2011
Reeditado em 30/11/2011
Código do texto: T3359942