Cedo ainda

Ninguém me dá

A metade,

O que eu quero em dobro.

Partiu-se o que não se parte,

Rasgou-se o que não se rasga,

Furou-se o que não se fura.

Ninguém me dá

Em dobro,

O que quero pela metade.

A seta indica mão dupla

E os carros trafegam vertiginosamente,

Por essa manhã de suposto domingo.

É cedo ainda,

Para tanta amargura.

Tony Bahia
Enviado por Tony Bahia em 27/11/2011
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