Cedo ainda
Ninguém me dá
A metade,
O que eu quero em dobro.
Partiu-se o que não se parte,
Rasgou-se o que não se rasga,
Furou-se o que não se fura.
Ninguém me dá
Em dobro,
O que quero pela metade.
A seta indica mão dupla
E os carros trafegam vertiginosamente,
Por essa manhã de suposto domingo.
É cedo ainda,
Para tanta amargura.