PULULAÇÃO

Eu me perco nas minhas andanças

Nesse ir e vir de todo dia

Nessa chegada com gosto de partida

Nessa partida com cara de chegada

Tem hora que acho que sou o reverso do nada

O atalho desconhecido naquela encruzilhada

Ah, eu sou assim mesmo, um enfermo

Sem médico, sem enfermeiro ou drogas

Nos atropelos e desmantelos entre os novelos

Desse gorjeio inerente e intermitentemente cadente

E se em certas horas fico instantaneamente ausente

É a condescendência da consciência fazendo um afago

Entre um trago e um estrago que trago bem no escaninho da alma pagã

No recôndito incontido de todas as possibilidades ilesas e vãs.

Zaymond Zarondy
Enviado por Zaymond Zarondy em 27/11/2011
Reeditado em 01/12/2011
Código do texto: T3359642
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