Hiato

Se me receias

acaso, mereço eu,

tuas teias?

Embala-te

ao incerto é dele

teus anseios

Pedras ao vento

palavras tuas, ferindo

minhas têmporas

É do passado

a maçã que mordi

nas águas, da tua boca

Recolhe teus anzóis

recolhe do varal

nossos lençóis...

Ja não te basto

sou hoje, em tua rede

apenas, um hiato...