Jangada me traz de volta

Jangada de mar adentra...
Ventos que sopram as velas,
Jangada de mar adentra,
Em busca do horizonte,
Talvez de quem saiba!...
De lá enxergues
Quem que um dia se foi
Soprada pelos ventos...

Ventos que sopram velas
Velas que ventos sopraram
E que os bons ventos soprem as velas
Velas... Por bons ventos sejam sopradas...
Bons ventos... Boas velas, belas jangadas...
Traga-me de volta...
De volta traga-me,
Minha doce, linda e bela amada...

Jangada de mar adentra,
Jangada de horizonte vinda,
Jangada de mar afora,
Jangada de esperança chegada...

Ventos que sopram velas,
Velas que jangada traz,
Ventos que cortam mares,
Ventos rasantes, ventos uivantes,
Ventos lépidos e livres,
Com o meu livre pensar...

Ventos, velas e jangada...

Como o albatroz triste
Plainando sobre a imensidão
Do amar azul em busca do seu par!

Ventos, velas e jangadas...

Traz de volta,
A quem de mim um dia ao mar levasses,
Traz de volta,
Quem um dia disse-me amar
Traz de volta,
A Quem um dia eu vi chorar
Traz de volta,
A quem um dia eu fiz sonhar
Traz de volta,
Quem um dia quis ser minha
Traz de volta,
Quem um dia descobrir

Que tudo, tudo que queria
Eu só queria é amá-la...

Francisco Rangel
Rio de Janeiro, 12 de julho de 2000


Francisco Rangel
Enviado por Francisco Rangel em 27/11/2011
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