«O Abraço de Eros e Psiquê» - tela de William Bouguereau



O SER E O SONHO
(Dueto: Ana Flor do Lácio e Walter de Arruda)




Tocar ou ter
Não alcança... Por
Isso é sonho e é a poesia
Mais linda, é o voo do condor
Sempre mais alto

Não
Bastam
Os versares
Enfeitados, delírios,
Sim ou não, ausencias
Que emanam
Convites

Jamais
Será partícipe
Evola e permanece
Quark perdido
Na multidão

Sempre
No infindar
Das altas alturas
Alí o nada existe
E o disputam

Mas
Retorna
Esse que busca
Vai à familia e vive
Ali o sonho partilhado
Só isso possível

É parte
Só o sonhar
De uma despedida
Parte, pedaço
  De, Adeus...    
  
(Walter de Arruda)


...Adeus…
Da solidão
Nasce a amizade...
E com os dedos... Com que tocas
Minha tristeza e meus cabelos
Fazes nascer a ternura
Bela e pura…

Pergunto
Por que viver
É essa espécie
De ciranda de sentimentos
Que se sucedem
E deixam um
Adeus e fim

Adeus...
Nunca afastes
Os teus olhos dos meus…
Não sinto além de ti nenhuma outra alegria
Minha sede é só uma e tão clara…
Quero... Preciso, beber
Da tua água

Adeus...
Jamais ouçam
Ouvidos meus esse gemido teu
Deixa antes que a loucura escorra em tuas veias
Deixe que jorre a paixão
Juntando à minha
Tua emoção

Adeus...
Que nunca
Me falte o sol
Dos teus sorrisos teus
Porque Sol! Teu lugar
É dentro do meu coração
E na alma guardarei pedacinhos
Da tua essência... E no peito
A certeza que estás aí
A ternura espelhada
No teu olhar


Me fascina
Inspira sempre
Que de mim saio e, secretamente,
Me aninho em
  Ti...  
             
(Ana Flor do Lácio)
Ana Flor do Lácio e Walter de Arruda
Enviado por Ana Flor do Lácio em 26/11/2011
Reeditado em 12/01/2013
Código do texto: T3357252
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.