Acordando
Nem o dia raiado e o
Sol já incomoda os olhos...
São sete da manhã, nenhuma
Verdade persuade a essa
Hora sem café e pão
“Acorda, vagabundo, levante
Desse banco, estás a causar
indiferença às senhoras que passam”
Claro, obedece-se por justo motivo
As retinas vão sendo invadidas
Pela imagem do outdoor
Com uma Vênus de coca-cola
A sinfonia dos carros, os passos
Indo em direção a Oz, tudo
Sinalizado... O assassino
No beco escuro, a vítima
Na vida em branco. O Grito!
Nenhuma cachaça embriaga
O peso dessa verdade. Acordo
Em hiato. Mas o sono já se foi
E resta apenas a luz do sol,
A vida no anverso das pálpebras.
Melhor dormir novamente
Para o sono de amanhã