Acordando

Nem o dia raiado e o

Sol já incomoda os olhos...

São sete da manhã, nenhuma

Verdade persuade a essa

Hora sem café e pão

“Acorda, vagabundo, levante

Desse banco, estás a causar

indiferença às senhoras que passam”

Claro, obedece-se por justo motivo

As retinas vão sendo invadidas

Pela imagem do outdoor

Com uma Vênus de coca-cola

A sinfonia dos carros, os passos

Indo em direção a Oz, tudo

Sinalizado... O assassino

No beco escuro, a vítima

Na vida em branco. O Grito!

Nenhuma cachaça embriaga

O peso dessa verdade. Acordo

Em hiato. Mas o sono já se foi

E resta apenas a luz do sol,

A vida no anverso das pálpebras.

Melhor dormir novamente

Para o sono de amanhã

antônimo
Enviado por antônimo em 25/11/2011
Reeditado em 06/12/2011
Código do texto: T3355410
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