IDENTIDADE
A brisa gelada da manhã abraça o meu corpo.
Começo mais um dia, rotina, tudo de novo.
Vejo o Sol chegar, beijar meu rosto e me aquecer
Pelas ruas vou guiando esse meu jeito de viver.
A cada segundo o dia vai, isso é normal,
Tal qual a cachoeira, rotineira, que derruba meu astral.
Talvez eu devesse tentar mudar tudo, ir pro ar.
Sem pensar em consequências, diferenças ou no que vai dar.
Mas ai a minha mente aparece controlando as ações.
E sem motivo eu travo, paro e leio o as instruções.
E nessa hora compreendo o que quer a sociedade.
O plano está traçado e beira a insanidade.
Somos todos iguais e diferentes ao mesmo tempo.
Num mundo de bilhões só uma beleza, um pensamento.
Por que ditar um tipo de moda a seguir?
Por que a criança tem que ser loira pra poder sorrir?
Não acho justo essa negação.
Estamos todos cegos ou seria a escuridão?
Bem, eu sei que a bela lua já apareceu.
E eu vou dormir depois de mais um dia que me falta ser mais eu.