Toledo
Deslocado no tempo, lançado vela no ar...
E os ventos que vinham fincando bandeira além-mar.
Que a alma aberta, perguntava sem alvoroço:
Que veste era aquela a lhe rodear todo corpo?
Usava um vestido vermelho estampado com folhas em trevos brancas,
Benditos trevos de cinco folhas, que nesta altura não me saem da lembrança.
Trevos, flores do corpo que nascem assim normais...
E nela agachava, emergiam fazendo cava, almejando as janelas deste navio.
Não eram um simples trevos...!
Parecia um jardim inteiro quando seus ombros ficam de fora.
Tomara que caia na largura dos cinco dedos...
Mostrando o sulco da ossatura a arrepiar novos medos.
Cuja saboneteira enchia de mais desejos...
Ela imaginava as hélices dos moinhos de sonhos de Toledo.
Eu navegava a fantasia que unia...
Seus moinhos em meus dedos.
De Magela e Carmem Teresa Elias
Poesia baseada em personagem do livro-romance de Carmem Teresa Elias