PRA LÁ E PRA CÁ
que passa pra lá e pra cá
e se faz, por rapidez,
invisível a meu olho...
ao menos os pormenores de existir
como é, assim.
que dança, então,
uma coreografia aleatória,
mas lógica pra mim.
seduz-me o espírito de longe
se a vejo a alguns passos de mim.
e se transmuta gigante
me dominando a vista e tudo.
porque os pensamentos fogem
se vão por sua causa
e à casa voltam sossegados.
que passa pra lá e pra cá
na sua cozinha-teatro
onde a platéia, mundo, a vê
pela quarta parede transparente.
e quero invadir o palco
egoísta que sou nessa relação
e lhe dar mil presentes.
beijos que bem não sei
se eu ou você quem mais os quer.
Contraceno: acarinhar o seu rosto,
obsceno: ao tomá-la, mulher.