UM BELO SONHO!
A cântaros chove agora,
Eu vou dormir, sinto frio,
E nada a fazer por ora,
Meu verso também dormiu.
E enquanto meu verso dorme,
Talvez eu possa sonhar,
Vai ser um prazer enorme,
Se no meu sonho eu voar.
Sentir a terra passando
Por debaixo dos meus pés,
E nas nuvens cavalgando
Como se fossem corcéis;
Perceber o céu se abrindo,
E àquela porta de luz,
De braços abertos, rindo,
Mandando-me entrar, Jesus.
Uma delícia de sonho,
Daqueles sonhos sem par,
Sendo assim eu me proponho
Dormir, jamais acordar.