MEU POEMA

 
Há alguns anos atrás, mais precisamente em 2005, foi levantado um interessante assunto numa comunidade do Orkut, que teve apenas finalidade cultural. “O poeta pode ser questionado em suas obras?”. Essa pergunta circulou pelo mundo todo, em várias línguas. Uma infinidade de mensagens foi trocada e a polêmica foi formada, tornando-se uma coqueluche – chegou a ser discutida até nos meios militares. Para todos que recebiam essa pergunta, ia anexado o poema abaixo que aborda o tema.
 
Sua autora já não está mais entre nós, e posso garantir que foi uma poetisa de enorme talento, com uma invejável bagagem cultural. Trabalhamos juntos por aproximadamente três anos, e chegamos a consolidar uma grande amizade. Ela partiu em 2011, mas tenho certeza de que esta singela homenagem vai fazê-la muito feliz, esteja ela onde estiver. Seu nome? Cléo, apenas Cléo, como gostava que a chamassem.

 

 
 
MEU POEMA
 
Componho meu poema de um modo único.
Propositalmente, tornando-o temático,
Para quem quiser que ele seja lúdico,
Ou para quem o veja de um jeito crítico.
 
Na verdade eu o fiz, para que fosse eclético,
Arrancando-o d’alma, tornando-o telúrico.
 
Se digo a verdade, existe o incrédulo;
Se uso a fantasia, dizem que tem lógica.
Não sei o que fazer, ser poeta é difícil !
E, por mais que eu queira, nada é tangível.
 
O fato de compô-lo torna-se fantástico,
Quando vejo que gostaram de um modo incrível !...
 
As palavras vêm sem nenhum propósito,
Sejam de alegria ou sejam de tristeza,
Falando algumas vezes de um amor belíssimo
E em outras vezes, de um amor sofrido.
 
Seja como for, procuro ser autêntica,
Compondo o meu poema, dando-lhe um sentido.
  
 
******


 
Arnaldo Agria Huss e Cléo (Apenas Cléo)
Enviado por Arnaldo Agria Huss em 23/11/2011
Código do texto: T3352909
Classificação de conteúdo: seguro