Sem volta
Essa porta estranha que chama
E me quer como propriedade
Não é a mais a que me encanta,
Não mais a da saudade.
É o amor a um ponto passado
De vozes presentes ainda
Num coração não novo, no estado
Sentindo coisa nova, embora o velho ainda sinta.
Não tem como voltar se não tem volta.
Vejo o que vejo em estranheza
E engulo, artificialmente, o que quer que aconteça
Dessa aparência que me parece - ou tão cedo não pareça.
Nunca me tenha a vida uma presa,
Mas vem e me solta...