Sem volta

Essa porta estranha que chama

E me quer como propriedade

Não é a mais a que me encanta,

Não mais a da saudade.

É o amor a um ponto passado

De vozes presentes ainda

Num coração não novo, no estado

Sentindo coisa nova, embora o velho ainda sinta.

Não tem como voltar se não tem volta.

Vejo o que vejo em estranheza

E engulo, artificialmente, o que quer que aconteça

Dessa aparência que me parece - ou tão cedo não pareça.

Nunca me tenha a vida uma presa,

Mas vem e me solta...

Paulo Fernando Pinheiro
Enviado por Paulo Fernando Pinheiro em 23/11/2011
Código do texto: T3352229
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