M*E*T*A*P*O*E*M*A

As palavras caem
no branco do papel.
A tinta cria
a imagem de um mundo.
O poema fotografa
a paisagem interior.

Ao leitor é dado
o direito de ser outro,
de ter outra visão.
Onde o poeta viu azul,
o leitor livremente
enxerga o verde.

E o belo e o feio
se fundem
e se confundem.
As palavras ganham
peso e consistência
e cheiro.
Emoções pululam
aqui e ali.

O poeta se expõe:
sua nudez é abençoada.