Elegia onírica
Uma elegia tocou teus olhos
Marejados de alegria
Cobriu tua pele
Com as flores da estação
Sorriu teu dia
Perfumou o teu caminho
Despiu o desejo
De matéria dominada
Para voar
Sobre a terra
O destino fatídico
Antegozado.
Um espírito partido
Sentou-se na pedra cúbica
Para contar segredos
Fulgurantes
Onde só havia dor e medo.
Soprou para o mar
Logo para o deserto
A sorte contrária
Riu do perdão fracassado
Até beijar tua vida afetuosa
Espalhando-se na estação
Quando voltar era apenas um sonho
Refletido de teu carinho elegante.