EU E DONA MORTE
EU E DONA MORTE
Quem é a bela dona voltada para o norte
Com o manto negro rasgado é dona morte
Ela esta perdida no labirinto de biografias
Monstrenga negra registrada em tapeçarias
Apoio a minha mão no seu ombro glacial
Seu abraço é algo um tanto que surreal
Sem pára-quedas entro no seu coração
Meus passos ecoam como em um salão
Na sua morada ela é a única saída
Ela é a maçã que Eva deixou caída
A senhora morte é motivo de tudo
A verdade que vejo dela me deixa mudo
O ovulo encontrou o espermatozóide
Começamos a morrer desde ovóide
Nascemos para a senhora linda morte
Olharemos nos seus olhos com sorte
Não há outro objetivo na vida
Os segundos contam esta corrida
A morte é a vida para a realidade
É o achar o eu para a eternidade
Beijo-a na face ela vira linda rainha
Parece fada com foice no lugar da varinha
Dançamos ao som de violinos sem preconceito
Ela conta de sua solidão e seu efeito
Na despedida ela deixa escapar uma lagrima isolada
Sabemos que um dia ela será minha ultima amada
André Zanarella 08-11-2011