DOCE ILUSÃO

Na doce ilusão de pensar o que não fui,

Jogo confetes na escuridão fechada do meu riso

Sopro cada um dos pequeninos papéis coloridos

Que caem na sombra total do meu desatino.

Por que cobrarem de mim, se também sou vítima fácil

De tantas coisas, de tantos desencontros,

Tantos abraços não dados, tantos beijos não praticados

Por que, então, cobrarem de mim?...

Na doce ilusão de pensar o que não fui e o que não fiz,

Termino jogando confetes na escuridão abafada do meu riso...

Sou nada, sou apenas lágrimas que caem na face amedrontada

De alguém que só queria um retorno ao passado da minha vida.

Glaucia Ribeiro (21/11/2011)

Glaucia R Lira
Enviado por Glaucia R Lira em 21/11/2011
Código do texto: T3348753
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