DEPOIS DE TANTAS ANDANCAS
Eu volto acelerado por você Jandira.
Antes de ser pelas saudosas tardes frias.
Ou pelas noites em que o tempo mudava
Em rufadas perdido em ventanias.
Não pelos cafés nas noites mineiras.
Pelas montanhas da Serra também não.
Pelas caminhadas na Pampulha muito menos.
Eu volto Jandira, apenas pelo seu coração.
Cheguei a lembrar dos matines no Cine Brasil.
E depois talvez um picolé perto do pirulito.
Mas acredite Jandira com você do lado em pose.
Ai sim eu na fita decerto me sentiria bonito.
Eu que Cruzei os serrados, chapadas e serras.
Toquei pelos cafundós o sino do campanário.
Mas veja que longe dos teus braços na capital.
Tudo que senti foi meu padecer no calvário.
Não vou passear pelo parque municipal sem ti.
E as traças vão corroer minha camisa do Atlético.
Se eu na volta não sentir o brilho dos teus olhos.
Verei meu desterro com o coração hermético.
De que me serviriam as violadas no mercado novo?
Onde dispenso ate a cheirada do melhor rape.
Se o cheiro que quero e o perfume da Jandira.
E o que me trazem de volta são seus cafunés.