ÁRVORE DO CERRADO
Sou como á arvore do cerrado
Nasci por acaso, por acaso sobrevivi
Sem dar por conta dos intrusos
Cresci e criei raízes...
A vida ensinou-me, grandes lições
Não caí com os ventos
Não desanimei com os problemas
Minhas flores, hoje frutos
Seguiram seus caminhos.
Sou como a árvore que dá sombra
Meus braços são como os galhos
As mãos como as folhas...
No peito o coração bate forte
Mais cansado...
Meus pensamentos vagueiam
Lembranças, saudades brincam na mente
Parecem flores caídas pelos caminhos
Horas de solidão, cantos de passarinho
Enquanto a vida passa quase sem graça
Olho os orvalhos no campo
Feito lágrimas nos olhos
Parecem contas de um rosário.