abstinencia
essa viagem é na velocidade da luz
a mente senti antes da veia
crises dominicais
um momento de liberdade fora do corpo
vejo alguem que não reconheço
tenho que parar de beber minha vida
cada gota ,cada canto
pois minha doença ea epidemia do seculo
me sinto tão sujo como um rio poluido
tenho que parar de aspirar minha vida
estou em rota de colisão
um trem sem freio e direção
abstinencia mãos descontroladas
boca seca destruição nos olhos
minha via cruzes continua
mas não vim pra salvar ninguem
tenho que parar de queimar minha vida
como um cigarro ela caminha pro fim
me vejo entre dogmas e caos
pois as ruas viraram nosso quintal
mas a infancia passou tão rapida
me perdi pelo caminho
aquele que tinha sombra
me perdi dentro da minha cabeça
isso pode ser fraqueza
tolices,tristeza,abstinencia
eminente em meu olhar
que vagueia e vigia
esse momento fora do corpo
idolos caidos ideologia comprada
a cada esquina,a cada avenida
só não vejo a saida
absinto,presinto tenho que fugir
pois meu corpo não vai suportar mais
nem mais uma noite
nem mais um furo