TERRENO FLORIDO
Divagando se vai ao longe.
Clarifiquemos os problemas
Como fazem os monges
Somos livres bailando com
A dança dos murmúrios
Dançando na escuridão
Por que não sabemos quando e onde
A música vai parar...
O destino joga os dados
E nós somos sua aposta
A sorte ou o revés é lançado
Quem sabe um dia, o louco
Que somos todos nós por excelência
Não precisemos matar este cruel assassino
Este leão rugidor da sobrevivência
É preciso lutar, lutar...
Lutar pelo amor até a urtiga virar flor
Um dia quem sabe sejamos este cassino
Um céu coroado e repleto de estrelas
Diante de uma eterna madrugada
E acabemos com este disparate
Com estas nuvens ameaçadoras de pungente quilate
A nos dardejar em seu abate
Carregadas de um sangue vermelho
Que escorre sem combate
Silenciosamente escarlate
Pela terra cor de amargo chocolate...