Insônia

 

Meu alento é choupana quase sem palhas

De portas sem tramelas

Janelas por onde, entre as frestas

Passa o vento sem pedir licença,

Trazendo o ruído da noite

Aguçando minhas dores.

 

Tento amenizá-las

Levando as mãos a massagear as pálpebras.

Sinto-as rijas, petrificadas, sem espaço para o alívio.

E o sono, que a vista não alcança

É andarilho de saudades tuas

Seguindo caminhos sem deixar rastros.

 

Flávio Omena
Enviado por Flávio Omena em 19/11/2011
Código do texto: T3345314
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.