UMA POESIA CHAMADA... LIBERDADE
Do doce nome, de mulher inspiração, ou musa.
Restaram-me apenas fragmentos de um passado, quimeras
E no luar suave que envolve a terra dando brilho ao mar
Jamais serás novamente uma diva, nem lembranças restará
Afoguei para sempre, o que chamava meu porto na solidão
E se algum dia o destino faça-me por desdém me lembrar
Sei que estarei seguro, pois quebrei as amarras do apego
Serás agora tão somente uma fantasia que não devo mais fantasiar
Mesmo que no por do sol ou nas horas de inspiração
Venham-me tenazes acondicionamentos; sei que me refaço
O sol já morno tocando minha face com brandura, dirá:
A magia teve fim descanse a mente, até chegar da noite o regaço
Por que na noite escondo-me dos medos nos alvos braços da lua.
E terei sempre ao meu alcance o afeto de quem me ama
Apenas verei no vento simples poeira de lembranças.
Aguardando-me terei o aconchego de uma verdadeira cama
Será livre, e despreocupado, o meu viver de agora
Tenho na mão minha estrada, sou senhor do meu próprio ser
Tornarei de ser tresloucado, banal... A analítico, respeitoso
Sem sonhos na distância, sem querer o que não podia ter.
Conseguir o controle fantasioso e sonhador da minha mente!
O destino me deu mais uma chance e agora o jogo mudou.
Estou por fim liberto, da magia que me prendia no passado
Só me resta agora seguir e recomeçar, agora chega, bastou...
Salvador, primavera de 2011
Barret