No caminho das borboletas.
E no meio do caminho haviam borboletas de todas as cores...
Cores vivas, cores mornas...
Umas um tanto alegres, já outras...
Cada uma com seu destino, seu caminho e sua história.
Algumas traziam nas asas o peso de um amor dolorido,
Outras tinham e traziam a alegria de um amor leve, pleno, feliz.
Haviam também as que tinham apenas o amor sonhado,
fantasiado, imaginado.
E outras que apenas seguiam o destino do vento, sem esperar nada.
Não esperavam nem mesmo o que o destino poderia lhes reservar.
Havia também a mais bela e feliz de todas,
a que voava e desfilava brilhante e feliz.
Sua cor reluzente, cintilante, chagava ofuscar.
Ela a todos atraia como um poderoso imã.
Não era uma borboleta que não sofreu,
Nem a mais amada por seu parceiro.
Ela nem ao menos tinha mais seu parceiro.
Mas, era feliz simplesmente por se amar, ser livre e nada esperar.
Soube amar quando teve o amor...
E quando ele se foi ela sofreu, mas,
que vida seria a dela se ficasse triste,
presa na solidão, perdendo sua cor?
Não, ela não seria triste como as outras.
E decidiu que mesmo quando triste,
ainda assim acreditaria no amor.
Saiu a voar por entre árvores, flores e rios.
Não voou a procura de um novo amor,
apenas seguiu o som e a leveza do vento.
Decidiu que seria feliz.
Buscou o caminho da própria felicidade.
Felicidade essa que nunca depositou em ninguém
Porque ser feliz ou triste... Era opção dela.
Kika Brandão