No caminho das borboletas.

E no meio do caminho haviam borboletas de todas as cores...

Cores vivas, cores mornas...

Umas um tanto alegres, já outras...

Cada uma com seu destino, seu caminho e sua história.

Algumas traziam nas asas o peso de um amor dolorido,

Outras tinham e traziam a alegria de um amor leve, pleno, feliz.

Haviam também as que tinham apenas o amor sonhado,

fantasiado, imaginado.

E outras que apenas seguiam o destino do vento, sem esperar nada.

Não esperavam nem mesmo o que o destino poderia lhes reservar.

Havia também a mais bela e feliz de todas,

a que voava e desfilava brilhante e feliz.

Sua cor reluzente, cintilante, chagava ofuscar.

Ela a todos atraia como um poderoso imã.

Não era uma borboleta que não sofreu,

Nem a mais amada por seu parceiro.

Ela nem ao menos tinha mais seu parceiro.

Mas, era feliz simplesmente por se amar, ser livre e nada esperar.

Soube amar quando teve o amor...

E quando ele se foi ela sofreu, mas,

que vida seria a dela se ficasse triste,

presa na solidão, perdendo sua cor?

Não, ela não seria triste como as outras.

E decidiu que mesmo quando triste,

ainda assim acreditaria no amor.

Saiu a voar por entre árvores, flores e rios.

Não voou a procura de um novo amor,

apenas seguiu o som e a leveza do vento.

Decidiu que seria feliz.

Buscou o caminho da própria felicidade.

Felicidade essa que nunca depositou em ninguém

Porque ser feliz ou triste... Era opção dela.

Kika Brandão

Kika Brandão
Enviado por Kika Brandão em 19/11/2011
Reeditado em 18/03/2012
Código do texto: T3344354