MISSÃO BRIGADIANA

O peso da farda
Cai-me sobre os ombros,
Percorrendo avenidas
ou vasculhando escombros.
Vou cumprindo o juramento
desta causa que abraço,
na intempérie do tempo
sem receio ou cansaço.

Sou olhos e ouvidos
que a tudo percebem,
na vigília das casas
enquanto adormecem.
Nas noites de abandono
quando o frio castiga
guardo por seus sonos
sem dar trégua à fadiga

Sou o braço que se abre
protegendo a travessia,
e no perigo de morte
sou a mão que auxilia
Quando no leito da via
uma vida se escorre
Sou o ente mais próximo,
o amigo que socorre.

Sou quem sai ao encalço
daquele delinquente
que a sociedade oprime
e maltrata inclemente.
Sou a voz que soa alto,
ordenando uma prisão,
e a que orienta, aconselha,
como uma terna oração.

Sou a mão que faz o parto
trazendo vidas ao mundo
a mesma que saca do coldre
na decisão de um segundo.
O zêlo pela ordem
é a faina cotidiana
de um oficio tão nobre
desta missão brigadiana

Sou filho, sou pai, sou mãe
de todos que estão na rua
no risco da própria vida
até em defesa da sua.
Rogo à Deus, pelo que faço,
e que quando o turno findar
eu chegue para o abraço
de quem está a me esperar.
 

Nota: Homenagem ao 174º aniversário da Policia Militar do RS, Brigada Militar.
Cesar Tomazzini
Enviado por Cesar Tomazzini em 18/11/2011
Reeditado em 04/08/2012
Código do texto: T3342594
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