Carta de Alforria- Consciência Negra
Liberta-me desta atrocidade social
Da ignorância de crer na superioridade racial
Liberta-me da caverna dos valores de outrora
Somos todos iguais nesta cápsula de aurora
Liberta-me de vocábulos que me transformam num ser vil
Somos as cores que revitaliza nosso Brasil
Liberta-me de Mussolini, Hitler, da minha mente prisional
Que gerações teremos com este holocausto social?
Liberta-me da estupidez padronizada de beleza
A diversidade humana não distingue plebeu de realeza
Liberta-me do branco, do verde, do insensato jogo de cores
A essência humana é daltônica não enxerga quão horrores
Liberta-me do mundo das ideias convenientes da elite
A negritude não está à margem do universo da tolice
Liberta-me deste mar de racismo que invade minha ilha de esperança
A origem de todos nós remete-nos ao Cabo da Boa Esperança