A QUASE MORTE DO POETA

Seu orgasmo de emoção fluída

É uma voz penitente que suicida

Do seu âmago a ventura de sonhar.

E o poeta especula sua dor,

Em duo verte do suculento pendor

Frases completas que repleta o seu altar.

E extaguinando o sangue que em suas veias corre,

Numa pressa viril ele socorre

Sua poesia que fulminante quer morrer...

Estende os braços aos Céus nessa permuta,

Sibila aos ventos parcimônias que lhe encurta

A caminhada nesse afã de resolver...

Implora auxílio pra salvar seus versos loucos,

Mas a peble menestrando seu apêlo

Sorrir jocosa destruindo seu desvêlo,

Plagiando-o com cinismo mata-lhe aos poucos.

Injuriado ele se atira à frustação...

Ajudando a sua saga a apodrecer.

Volta poeta! grita em chôro o anjo-razão,

Não é a hora de deixares a inspiração

Vive poeta! e deixa o amor te envolver...

Rose Arouck
Enviado por Rose Arouck em 02/01/2007
Código do texto: T334253