AGONIA DO NUNCA

Hoje eu choro pelo que nunca tive

E pelo que nunca vou ter.

Choro também pela que nunca vivi

E pelo que nunca vou viver.

Choro mais ainda por essa dor crônica

Que não finda nunca, apenas supura rios de pura amargura.

E entre tantos choros que ainda estão por vir

E por ter certeza desse triste existir a vociferar.

E talvez por estar tão acostumado apenas a chorar...

E nunca rir, eu me calo por calar como forma de revide ou acinte.

Aceito essa sina assassina vinda sem pedir, aceito tanto que até chego a aplaudir.

É o choro não extirpa, funciona apenas como paliativo nessa recorrente torrente de agonia...

Que embora seja malquista, já é companhia do início ao fim dos dias.

Zaymond Zarondy
Enviado por Zaymond Zarondy em 18/11/2011
Código do texto: T3342020
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