APEAR

Apeo-me dos meus entraves,

dos meus insumos de consumo,

para que livre desses vieses

caminhe cada dia no prumo.

Desço estrada abaixo,

acima quem sabe, do lado,

nalgum lugar que não tenha lixo,

possa eu apear sem retardo.

Olhos ao longe, pensamentos divagados

sonhos vivos de cores e fantasias,

as vezes interrompidos

por vagares e demasias.

Descalça por sobre a terra

sinto latejar sob os pés,

o pulsar de quem um dia, in-terra

me receberá sem arnês.

Eliete Macêdo
Enviado por Eliete Macêdo em 17/11/2011
Código do texto: T3341901
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