A GUERRA DO SER
Dos batuques tribais soam vidas
Nos quintais abissais do universo
Sons e ritmos surreais viram versos
Nos mangues das almas vencidas
E começa a batalha contra a sina
Nas ruelas e becos do horror
Noite infinda em seu esplendor
Triste sorte que aos loucos fascina
Nos caminhos dos heróis imaturos
Os seres perdidos entre sóis
São linhas de negros anzóis
Construindo desertos futuros
E a rainha corteja o guerreiro
Exaltando a dor do oprimido
Ofertando os frutos proibidos
No mais belo jardim do terreiro.