Sinos do vento
Esther Ribeiro Gomes
Vento que passa ligeiro pelo jardim,
fazendo tilintar os sinos da varanda
e minh’alma extasiada canta,
a recordar alegrias sem fim...
Ouço a melodia suave que entoam,
e meus pensamentos voam...
Ah, doces sons dos sinos do vento,
que me levam a voar nas névoas do tempo,
no aconchego dos abraços, dos carinhos,
nas alegres refeições regadas a bons vinhos,
no riso fácil a ecoar pelo velho casarão,
nas conversas que afagavam o coração!
Ah, suaves sinos do vento,
que badalam no meu pensamento,
trazendo lembranças preciosas,
guardadas num cantinho da alma com carinho,
feito caixinhas vistosas que teimo em colecionar...
Foram momentos de tanta felicidade
e hoje, com saudade, vivo a relembrar!