Sem título, sem Zen

Meu ócio, quase Zen-(vaga)Bu(n)dismo, altera-me se ando em outro ópio. Se nunca faço ou não farei sentido, os sinto, e tomo os idos como ótimos. Ótimos os átimos atômicos, pluritranscendentando os muitos versos. Versos meus atrás do teu (mais que atônitos, nada atentos) não escutam gritos velhos. Os gritos sussurram: renovar, renovar, renovar...a flor de lótus que desabrocha no meio da briga da chuva e da tempestade. Suas pétalas são facas cortando a barreira da névoa para que ela revele o que esconde por trás de suas cortinas de enigmas. Sua textura é tão leve que sobre meus ombro os sinto em tempestade Fuji, enquanto os pés passeiam pelas caldeiras escuras dos umbrais. Junto de meus pés, raposas espectrais de carne e sangue de tinta. Da tinta desbotada do mundo brota uma rosa branca. Seus espinhos furam os tímpanos do silêncio ao caminhar. Passos fazem vibrar cordas de arcos de guerra, atirando flechas que fazem gemer shamisens. Os milênios da eternidade temporal estão no silente instante em que te contemplo e me acho perdido nos templos.

Dija Darkdija
Enviado por Dija Darkdija em 16/11/2011
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