Antíteses

Na leveza do corpo, sente-se o espírito voar

As coisas parecem estar no chão, a um passo do alcance

Tudo ao redor faz sentido, em meio as cores do dia

Até parece que o sol levantou-se com mais ânimo

E a música alimenta o ciclo da vida

Mas, só impressão

Você pode estar pensando agora mesmo nisso, assim como eu

Pois convive com esse sentir

Só basta apenas que o desperte

Em meio a sorrisos e olhos límpidos

Nada poderia atrapalhar a paz

Nem o equilíbrio que vem dos céus

Eu tento trazer algo mais importante ante a dor

A prova de que essas cores existem

Mas o rumo que tomei é cheio de curvas

Que estimulam a velocidade e nem sempre o freio

Uma mistura de aventuras e pancadas

Sem reflexo, às vezes pura sorte

A cada um deste caminho, um pouco da semente

Carregam consigo o depósito de amor

Deveria ser presente, e como tal, agradar

Mas a antítese do sentido permanece

Se semeia, nasce torto

Se joga fora, nem a esperança alimenta

Do alto, então, olhar as ações

Que se aprenda que nem sempre o melhor é o inteiro

Mas também não valorize apenas a parte

O todo é tudo, mas não pode ser de todos

Gostaria que o seu tudo fosse todo meu por alguns instantes.

Quebrariam-se então, as antíteses da vida

Seria o certo: viver por viver e amar por amar

Sem agonias ou antecipações

No momento, o pleno

Na intimidade, o sentir.