Cais do vento
O devaneio dos brilhos
Na folhagem da noite
Na escuridão de efeito
Sobre olhos repousantes
Em tua face de nuvem
Eclodem eclipses de instantes
Naquilo que sonha, paira.
À sombra do horizonte.
É a cidade quem vaga
Na memória acústica
De transparência seca
Onde signos ondulam
Na substância do corpo
Como desejo de espuma
Outra metamorfose de vidro
Ao cais do vento rebrilhante.