Cais do vento

O devaneio dos brilhos

Na folhagem da noite

Na escuridão de efeito

Sobre olhos repousantes

Em tua face de nuvem

Eclodem eclipses de instantes

Naquilo que sonha, paira.

À sombra do horizonte.

É a cidade quem vaga

Na memória acústica

De transparência seca

Onde signos ondulam

Na substância do corpo

Como desejo de espuma

Outra metamorfose de vidro

Ao cais do vento rebrilhante.

Tércio Ricardo Kneip
Enviado por Tércio Ricardo Kneip em 16/11/2011
Código do texto: T3339108
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