Amor
Amor amor amor!Que me mata a peleQue acende a angustiaQue me pede para sentir. O simplesQue preciso Que respiroQue não posso fugirQue me canso de negarQue me afagaQue me embebeMe faz respeitarTentar correr andarSubir montanhas da imaginaçãoQue pulsa como um todoCompreende o mundo inteiro Que me chateiaQue me faz pensar Me faz agredirQue anda anda no frio sem roupaQue declara minha fraqueza contínuaA minha montanha de fraquezaMinha sensibilidadeMeu ouro perdido no tempoQue me faz querer o que não queroQue me torna religiosoAnfitriãoObstinadoDepravadoQue me faz salivar no Alcorão ou bíbliaOu seja o que forMas que me faz querer ser um santo cristão acolhedor de Cílios Pálpebras Dedos e ver no mundo a grandezaAmor que me corroi por tempoQue me faz sentir o triste e triste e tristeSó somenteO maximo sóAmor de anjo perdidoQue quero me amamentar em num anjo e ser escravo de minhas mágoasAmor que me quer libertarQue me causa dúvidasE revê a filosofia minhaDa vidaDo mundoAmor depravadoIrrisório IlusãoAmor que da Raiva assassinaQue me prostitui como freiraQue acende o vulcão de Hitler em mimQue é uma fúria benevolenteQue me faz andar só em casaQue me Espreita como loucura ou insegurança insatisfeitaQue me insatisfazAcaricía Que quero sentir e lamber num banho de água quenteE ser e ser e serQuerer querer quererE admitir admitir admitirQue me chama sua famaQue me faz retornarPensar na história antigaQue me faz rezar não sabendoQue pede fogo proteção luz de DeusQue pede a seta a ser seguidaE que é uma dúvida mais do que sensívelOnde irá ceder por entre meus dedosTransparecer em meio ao arSublimar e dar-me um vazioSer transparente e lúcidoQue quero amar amar amar amarE não parar na torrente de música nota e som e ter vergonha de dançarE cachoeira cachoeiraE compreender o mundo e vida e morte
E finalmente
Transtornar-me
E me trazer de volta
Aos braços eternos do amor