Justezas
Basta-me um cantinho
Um banquinho
No galho de uma árvore um casal de passarinhos
O vento tangendo mínimas borboletas amarelas
O concerto do mar em meus ouvidos
Basta-me ser ajudante de anjos
Desses que fazem versinhos
Então
Quando eles não quiserem mais os restinhos de linhas
Faço a minha poesia
E uma colcha de retalhos
Onde dormirei o sono das justezas