Se houver amanhã – eternidade

Hoje é Romantismo.

Se eu morrer amanhã, quem chorará por mim?

Se eu chorar amanhã, quem enxugará minhas lágrimas?

Se eu sorrir amanhã, quem se alegrará comigo?

Se eu cantar amanhã, quem tocará instrumento me acompanhando?

Se eu dançar amanhã, quem será meu par?

Se houver amanhã certamente que os anjos

chorarão por mim;

enxugarão meu rosto;

se alegrarão comigo

tocarão banjos, harpas, liras e tamborins;

dançarão comigo.

Se eu dançar, cantar, sorrir, chorar e não morrer amanhã.

E se eu morrer?

Eternidade?

Se tudo é medido pelo tempo,

Qual é o tempo da eternidade?

Se ama, se é feliz, ela é para sempre.

Outras vezes ela dura cinco minutos.

É a felicidade que faz parecer brevidade

Ou é a tristeza que faz os tics tacs acelerarem?

O momento que me inspirou esta reflexão faz-me sentir

que a hora e meia que tenho pela frente será uma longa eternidade.

Gostaria de vivê-la no Céu.

Estou sentindo-a dolorosamente no inferno!

Será uma eternidade de três meias horas.

Qual é este momento?

Não digo para que não perpetue esta eternidade

na eternidade.

É só coisa do momento.

Amanhã já é!

Pós-moderno.

L.L. Bcena, 29/06/2000

POEMA 557 – CADERNO: GUERRA DOS MUNDOS.

Nardo Leo Lisbôa
Enviado por Nardo Leo Lisbôa em 15/11/2011
Código do texto: T3337246
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