Chuva da Vida
Bebe a terra a chuva fina
Que embaça as vidraças
Transborda o leito dos rios
Das vertentes e cascatas
Acordam felizes os frutos
Orvalhados no frescor
Da água bendita e santa
Que a mãe terra agiganta
Solo sedento de vida
Espera as águas da chuva
Para acordar com beleza
A verdejante natureza
Silêncio se faz nos ninhos
Recolhe-se a passarada
Sob as árvores frondosas
Animais silenciam a prosa
Saciada na água santa
Vida verde verte do solo
Sob o brilho do rei sol
E o carmim do arrebol
Benditas sejam as águas
Que matam da terra a sede
Fazem sementes germinar
Para o planeta reflorestar.
(Ana Stoppa)