DESNUDAMENTO
O amor, entretanto, inquieta-me,
porque desnuda-me também
os olhos, a alma
e arrepia-me
o sangue, a índole, a palma.
E despidos ficamos nós:
eu, em minha total identidade
e tu, ao meu coração,
de tuas vulnerabilidades.
Quão ambíguo, às vezes,
é o mesmo amor:
para ver-te eu fecho os olhos,
e me escancaro sem pudor.
O amor, entretanto, inquieta-me,
porque desnuda-me também
os olhos, a alma
e arrepia-me
o sangue, a índole, a palma.
E despidos ficamos nós:
eu, em minha total identidade
e tu, ao meu coração,
de tuas vulnerabilidades.
Quão ambíguo, às vezes,
é o mesmo amor:
para ver-te eu fecho os olhos,
e me escancaro sem pudor.