INFINITAMENTE ETERNO
Choro o luto que me é dado,
a perda.
A ausência dói,
é triste a solidão
—um ser sem vida
que se agarra a lembranças
de um passado presente.
Choro os sonhos desfeitos
do ontem.
O hoje sem o amanhã,
uma saudada doida
que lateja dentro do peito,
dor que não tem jeito.
Choro os momentos tristes
vividos.
Sentimentos feridos
rompendo emoções sentidas
na alma sofrida
deste velho cansado.
Choro na verdade o amor
infinito.
Não enquanto dure
como disse o poetimha
mas infinitamente eterno,
eterno como o amor deste poeta.
Marcus Catão