Organismo Tétrico
Um verme passeia sobre meu corpo sem vida
E se nutre da carne apodrecida sem temor,
Células mortas que o tempo desintegrou
São vitamina para operários de uma natureza desvalida.
Sugam-me as vísceras esfomeados homicidas
Que atentam desordeiros dentro da frialdade da terra,
Bebem da minha essência o cálice que encerra
Uma memória que respirou o éter de uma existência consumida.
Restam ossos que molduram infecto esqueleto
Cuja identidade foi transformada em inédito amuleto
De uma personalidade que labutou solene nos teares da poesia...
Concretismo que configura em cadeia átomos de amor
Numa simbiose em cuja plataforma o tempo desterrou
Os microorganismos que se saciaram de minha energia!
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