NÓS BRIGAMOS E...

Saí aflita à rua, sem rumo.

De choro, sobremodo embriagada,

O coração tão sem prumo,

E a voz, já há muito embargada,

Uma esquina escura no silêncio buscava.

Sem saber o que pensar, eu só

Sabia que te amava,

Mas tantos pensamentos tornavam-se pó

Naquela noite que parecia sem perdão,

As horas se atropelavam,

Ruas, vielas, avenidas, tudo era solidão

Que os meus olhos vislubravam.

Deve ser um sonho!- tremia a minha boca.

Um sonho!-e tudo que eu queria era estar louca.