Apergaminhar

E vejo a luz

Que me contorna sem se quer haver fechados os olhos

Depois do entardecer,

Desperta estava eu, mas buscava a essência do belo

Te encontrei. Se abriram as minhas pestanas para receber de pressa o conhecimento

E o mundo se fez letras

Em um abrir e cerrar dos olhos

Elas se tornaram palavras

As palavras, por suaves, idiomas

Este a criptografar o teu corpo

Começando por cada curva sinuosa e relevo

Foi diminuto

As poesias saiam dos minúsculos orifícios

Para dar luz ao mundo

E folego a minha alma.

Tu, Perséfone a colher as flores no meu jardim

A surgir de mim

Sem pensar que todas estas estacoem

Primavera, Verão, Outono, Inverno

Foi um presente do amor

Para expressar por inteiro

A essência do meu corpo

A sufocar a pele onde

Me aprisionaste

Esta pele que hábito espera

Com escatológica paciência - sem fim

O mais doce, tu, meu pequeno afável Querubim

A proferir palavras:

Je sui aimé

Je sui gentil

Je sui tout simplesment moir - Lira ou Minerva?

Terás que me apergaminhar - minha livre alma.

Gelassenheit
Enviado por Gelassenheit em 13/11/2011
Código do texto: T3334126
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