Este não-sei-o-quê que eu trovei

Teu core é azul, mi'a nobre dama.

N'eli corre el sangue da nobreza

Posto que pobre eu sou mas não a chama

Que inflama quando a tua beleza

Me envolve sem saída nesta trama

dos céus, deuses e lenços de pureza

Teu core é o céu de mui alvura

Tal qual o branco de tal alvureza

Que vejo em brancas nuvens de pintura

Que me metem nas névoas da fraqueza

Que os fidalgos teimam ser loucura

E os loucos sabem se tratar de empreza

Empreza mi'a é conquistar a dama

Aquella que conquistar eu queria

É só por isso qu'este trovar clama

Nem que precise d'usar de magia

Se ao menos ao trovar a dama ama

Ter'eli tido alguma serventia.

Teu core é d'azul de profundeza

Estrela que alcançar eu não irei

Beleza da beleza da beleza

Que das eternidades precisei

Para que eu trovasse com destreza

Este não-sei-o-quê que eu trovei.

Dija Darkdija

Dija Darkdija
Enviado por Dija Darkdija em 13/11/2011
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