Este não-sei-o-quê que eu trovei
Teu core é azul, mi'a nobre dama.
N'eli corre el sangue da nobreza
Posto que pobre eu sou mas não a chama
Que inflama quando a tua beleza
Me envolve sem saída nesta trama
dos céus, deuses e lenços de pureza
Teu core é o céu de mui alvura
Tal qual o branco de tal alvureza
Que vejo em brancas nuvens de pintura
Que me metem nas névoas da fraqueza
Que os fidalgos teimam ser loucura
E os loucos sabem se tratar de empreza
Empreza mi'a é conquistar a dama
Aquella que conquistar eu queria
É só por isso qu'este trovar clama
Nem que precise d'usar de magia
Se ao menos ao trovar a dama ama
Ter'eli tido alguma serventia.
Teu core é d'azul de profundeza
Estrela que alcançar eu não irei
Beleza da beleza da beleza
Que das eternidades precisei
Para que eu trovasse com destreza
Este não-sei-o-quê que eu trovei.
Dija Darkdija