Eu, flor do inverno...

Mas... então...

quando nasci, o vento oeste soprou triste,

anunciando a queda de mais uma dentre suas filhas.

E eu, flor do inverno,

não aprendi ainda a me esquivar nos campos,

campos intermináveis de batalhas.

O vento oeste me bate, dizendo: Filha!

... e eu ... Pai! Leve-me daqui,

por piedade!

E então ele joga em minhas costas a bagagem,

em minhas mãos fracas, a espada...

Grita: Lute, flor do inverno!

Lute, sopro triste de meus ares!

Na tarde forte e guerreira, eu me escoro e choro...

Será mesmo que posso lutar?...

Em que terra meus pés serão firmes,

em que horizonte encontrar direção,

que sinto meu corpo frágil,

minha alma covarde,

meu pé vacilante e meu olho embaçado...

Eu, flor do inverno...

sinto frio e tremo.